Herança Maldita

Desde o dia do desaparecimento de Glenn em Einbroch, fomos sondados por um bruxo que primeiramente se apresentou como Gant, mas depois descobrimos que se chamava Archmonde.
Prefiro chamá-lo de Archie.
Descobrimos que ele é irmão de Glenn, ou melhor, Sirius, seu nome verdadeiro, e ele estava nos acompanhando a algum tempo, por causa do irmão.
Encontramos com um antigo xamã da Tribo do vento, perto de Rachel e ele nos contou sobre a herança de Glenn vinda de seus antepassados.
Fizemos uma busca em Alberta, atrás de pistas, descobrimos que a Rekember tinha capturado Glenn, mas ele fugiu, se escondendo em algum lugar.
Procuramos nos arredores de Geffen com informações que nos foram cedidas pela Guilda dos Cavaleiros de Prontera e por Catarina de Medici, a líder da Guilda dos Bruxos.
Foi nesse momento que durante uma perseguição aos raptores de Glenn, um fragmento de uma granada atingiu o rosto de Leonhart. Meu amigo caçador que nos levava.
Aquilo quebrou minhas pernas. Larguei Jelanda e os outros lá e corri com ele, Anju e Niita para a Enfermaria de Geffen.
Foi então que após ser cuidado pelas enfermeiras de lá, uma foi sucinta, os fragmentos estavam profundos demais, Leon não enxergaria de novo nunca mais.
Acho que foi nossa maior baixa.
Fiquei abalada, mas não podíamos nos abater. Fomos atrás de Glenn.
Me contaram meio por cima que durante a perseguição, algo despertou dentro de Glenn, uma fúria diferente da que vimos quando nos vimos presos em uma pequena ilha perto de Einbroch e ele, impossibilitado de fazer algo, entrou em tal estado de torpor e nadou, nadou como nunca tinhamos visto antes até sumir de nossas vistas.
Uma entidade chamada Gilgamesh reclamava para si o corpo de Glenn, houve um confronto entre ele e os membros da Equilibrium, resultando com a derrota deles.
Fomos atrás de Gilgamesh na cidade de Lightalzen, apenas para descobrir a cidade semi-destruida, com a Sede da Corporação Rekember como o local mais atingido.
Com a ajuda de Archie, fomos até a Favela da cidade, procurando por alguma pista de onde Gilgamesh / Glenn poderiam ter ido.
Ele apareceu diante de nós, para nosso espanto, disposto a dar cabo de todo o grupo.
Foi então que Glenn, sabe-se lá como, de dentro de si mesmo impediu Gilgamesh de nos matar.
Vimos que tinhamos uma chance e clamamos para que Glenn voltasse para todos nós.
Não sei se foi um milagre ou não, mas Gilgamesh deixou o corpo de Glenn.
Nós vencemos.
Voltamos para Rachel, Glenn dormia profudamente na Hospedaria de Dio, no centro da cidade.
Quando acordou, nos encontrou ao seu lado. E o mais importante, com Jelanda ao seu lado.
Archie nos deixou. Acho que estava feliz por ter salvado seu irmão e confiava em nós para mantê-lo bem.
Espero ver Archie de novo algum dia.

A Cura de Metz




Nós conseguimos.
Nos embrenhamos pelas salas escuras da Cavalaria de Glast Heim, fizemos um trato com um demônio e descobrimos a cura para o velho arqueólogo.
Com Metz reestabelecido, podemos respirar um pouco e assim, irmos com mais calma nos outros assuntos pendentes...
Mas e o demônio que soltamos?

Devaneios

Cidade de Ayotaya, Manhã



Rachiele tinha pensado ( sonhado inclusive ) sobre a conversa que tivera com o frei Damião sobre a Ordem a que pertencia, o dojo Kaze no Ryuu.

A idéia de assumir o dojo, refazê-lo, ainda que a seu modo, e prestar as devidas homenagens para Haranny, sua sensei, lhe pareciam mais razoáveis agora.

" Bem, acho que conseguimos uma cura para o Metz, falta recuperar os artefatos e trancar de novo o Baphomet para não termos maiores problemas... "

A monja olha para a carta que recebeu a alguns dias atrás, falando de Glenn...

"Um milagre por vez... "

Passou a analisar com frieza as perspectivas de ser líder de um dojo. Ora, já tinha alguma experiência com treinamento de novatos, isso não seria tão complicado quanto ela pensava. Ademais, tentou se espelhar em suas pessoas mais próximas, que sempre tinham suas responsabilidades.

" Kerd é líder de clã e já passou pelo exército da república e pela ordem templária... Leafar está sempre envolvido com as coisas de segurança do reino e mesmo com tudo dando alguns revezes, não esmoreceu...Akahai já foi até governador de Morroc antes de assumir a mílicia..."

Acabou lembrando de Jelanda...

"...Jel é a mais livre deles...ela só deve obrigação à Ordem de Freya e olhe lá...Mas mesmo assim, ela se dedica para que a Equilibrium cumpra o estabelecido pelo Metz..."

Caminhou e foi até o jardim, em frente à casa.

"Talvez...se eu me tornar nova líder do Dojo, eu tenha que abdicar de alguma liberdade que eu tenha agora...Ou será que eu conseguiria fazer algo como a Jelanda faz...? Seria bem melhor assim para mim..."

Se colocou a regar as flores enquanto devaneava...

Problemas

Cidade de Ayotaya, Começo da Tarde..

Rachiele estava inquieta por aqueles dias.
Pdrk ficou fora boa parte do tempo; embora estivesse feliz por ele ter permitido que a monja mantivesse sua liberdade, algo ainda carcomia a monja.
Abriu a janela do quarto, deitou na cama e se colocou a pensar.
Isobela anda tão preocupada com isso de virar bruxa...Não é por aí...o que vou falar para ela quando nos reencontrarmos?
A monja se vira, e olha o teto.
Tem o problema da Lost...Eu preciso falar com ela, mas pombas! - a monja aperta os olhos - É complicado...o que eu posso fazer...? ...Acho que nem ela pode fazer algo...Merda!
Ela joga o travesseiro contra a parede do quarto.
E isso do roubo dos artefatos da Equilibrium...Temos que ir atrás também...Mas o Metz não anda legal, se acontecer algo com o velho a Jel vai ficar mal também...e tem aquele rolo com o Glenn...Ah...droga!
Rachiele se levanta, fecha a janela do quarto embora ainda seja dia, pega uma coberta fina e se joga na cama de novo.
Muitos problemas...Nessas horas eu queria ser deusa, juro...
Ela adormece tentando se esquecer...

Reconciliação?

Recebemos uma carta do senhor Gustav Galagher, que dizia que queria se reconciliar com Metz e o grupo.
Ele marcou um encontro num local próximo de Einbroch, fomos até lá no dia e horário marcados.
Apenas para descobrir que fomos enganados.
Gustav dinamitou a ponte que ligava o local, nos deixando ilhados. Nós não sabíamos, mas um item mágico que encontramos no local, impossibilitava o uso de teleportes e portais de sacerdotes.
Glenn perdeu o controle, entrou em frenesi e com braçadas sobre-humanas, passou a nado a longa extensão de água que nos separava.
Quanto a nós, foi preciso um improviso.
Utilizando certas flores gigantes que cresciam no local, improvisamos dois barcos e chegamos à outra margem. Não encontramos Glenn, que sumiu.
Em nossa confiança na redenção do maldito empresário, deixamos Metz e seus amigos desprotegidos em Prontera.
E eles pagaram o preço...
Não foi um dia bom para a Equilibrium...

Dammerung - IV

E Dhutt voltou.
Após tanto tempo, tanta luta, tantas mortes, voltou.
Nas palavras dele: "Construir uma nova ordem em Prontera, pois Tristann está condenado."Boatos correram por causa dessa declaração. Especula-se que Tristann irá morrer ou ser assassinado. E Dhutt deseja o título de Rei para si e aqueles que se aliarem nele.O que eu não gostei é que Dhutt usa um discurso sobre "Nobres que nada fazem pelo povo com o respaldo do Rei." para angariar gente à causa dele.
Mas oras, ele era general, e o que ele fazia pelo povo??
Nada.
Mentiras demais... Gente demais caindo nelas...
Será que eu sou a louca aqui ou os outros que o são?
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Cidade de Morroc, 20h.

- Mas como assim você é contra os que estão indo contra Dhutt, Rachi?? Você ficou louca?? - indagou Irene, perplexa.
- Você não entendeu, mãe. Eu disse que sou contra os dois lados. A Nobreza de Prontera não vale meia pataca, eles começaram a distribuir títulos agora porque a situação apertou para o lado deles; quer dizer, antes de Dhutt, impostos eram cobrados, gente era oprimida por comandados inescrupulosos e eles não estavam ( e não estão ) nem aí pro povo comum! Gente como eu e você!
- Humm...
- Agora, o Dhutt joga muito bem essa coisa chamada política...ele clama pelo fim do reinado de Prontera, mas olhe que coisa, ele quer ser rei! Como o pessoal tem raiva do rei e da nobreza que não liga pra eles, eles vêem em Dhutt um redentor, alguém capaz de dar a eles uma vingança que seria impensável de conseguirem sozinhos. E eles vão atrás dele e desse discurso!
- É verdade...
- Seja sincera comigo mãe, você acha que as coisas vão melhorar pra gente com Dhutt como novo Rei? Ou então, vamos brincar de imaginar as coisas. Vamos dizer que o pessoal vença o Dhutt e Tristann ou qualquer outro nobre "do bem" fique no trono. Será que vai mudar algo pra gente? Pros humildes? Será que depois de tantos anos viciados em oprimir e só dar recompensas quando querem, você acredita realmente que eles vão mudar?
Irene nega com a cabeça.
- Bingo. Não concordo com nenhum dos dois lados. - Rachiele pegou uma caneca de água e tomou vagarosamente.
- E seus amigos, Rachi? Eles vão achar que você estará contra eles...
- Ah, isso... - a monja deixou a caneca em cima da mesa, com um pouco de água por tomar - Eu vou ajudar eles.
- Vai??
- Mãe... - Rachiele segurou as mãos de Irene com força - Você me disse um dia, que tudo que temos nesse mundo são nossos amigos e a família. Eu aboli isso de família pra mim, prefiro que todos sejam meus amigos. Mesmo os que não são. Fica mais fácil assim...
- Hã?
- Eu entendo que eles estão errados. Mas ao ver deles, eles estão lutando pelo que acreditam. Não vou levantar a mão contra Frei Damião, Ayron, Aióros ou Gerenal, que estão do lado de Dhutt.
Irene olhou para a filha e para as mãos da mesma: machucadas, feridas, com curativos improvisados. A monja tinha lutado. Lutado demais.
- Mas não vou ficar contra a Jelanda, Akahai, Leafar, Lost Heart e os outros...
- E o que pretende fazer, filha?
- Ajudarei os dois lados. Se eu der sorte, eles vão perceber que estão fazendo tolice.
- E se eles se voltarem contra você, Rachi?
A monja silenciou por minutos, pensando na resposta. Por fim, sorriu e indo em direção ao quarto onde estava, disse:
- Eles lutam pelo que acreditam, mãe. Eu luto pelo que eu acredito. Luto por eles. Eu tenho que ir agora.
- Boa viagem filha...
Irene pensou longamente que poderia estar perdendo uma filha. Quando seu esposo chegasse, eles teriam uma longa conversa sobre Rachiele...

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Cidade de Prontera, 15h, Taverna.

Rachiele vai até a taverna para ler o mural. Imaginava que o mesmo deveria estar com mensagens sobre a Ordem de Nova Prontera e os Defensores de Rune.

Acertou em cheio.

Carta afixada no mural da taverna de Prontera.

Caros cidadãos de Rune-Midgard, quem vos fala aqui é Aíóros, general da Ordem da Nova Prontera e sudito do Rei Dhutt! venho por meio desta declarar a todos voces que o tempo de Tristan esta para acabar, a profecia da tabuleta de Amon Ra é clara! E para aqueles que quiserem se enganar e acreditar que Tristan tera um reinado glorioso eu realmente lamento, o rei de voces esta para cair, e não sera pelas mãos do novo rei, e sim pelas mãos de daquela em quem voces confiam!

Essa insanidade, e esse controle falho do rei Tristan tera de acabar, seu rei prometeu uma reunião para discutir sabiamente com os membros da ordem da Nova Prrontera, no entanto no momento que eu e os membros da Ordem chegarão seu rei fugiu como um covarde não sendo capaz de me olhar nos olhos, esse rei de voces nada mais é do que um verdadeiro pulha! Aos meus velhos amigos eu dou uma ultima oportunidade de mudar de lado, a todos que não entenderam , Dhutt não quer o caos e sim a ordem! Essa que sera trazida a ferro e fogo em Prontera!

Para aqueles que conseguirem ler essa carta antes que ela seja arrancada pelos crapulas do poder que tem medo de nossas forças, os aviso que estaremos novamente recrutando aliados que estiverem prontos a se unir a causa frente a grande batalha que hoje nos espera!

Aos Generais de Tristan, espero que voces tenham bom senso para entender minha causa frente a todos os acontecimentose saibam que eu sigo meu coração luto pelo que é certo e meu objetivo continua O MESMO! Espero que voces encontrem os erros de voces em minhas palavras e estejam prontos para aderir a essa nova ordem!

Ass: Aióros General da Ordem da Nova Prontera!




Rachiele meneia a cabeça ao ler o bilhete de Aióros.

"Amigo, não é assim..." Ela pensa. "Estamos todos lutando para manter um sistema que, sabemos, é falho até a raiz..." *Ela lê novamente a parte de "A ferro e fogo" *. " E existe alguma mudança realmente drástica que não seja feita a ferro e fogo? " ela suspira. "Só quero que isso termine logo...Até a Jelanda ficou nessas de luta... *Ela se lembra de quando Jelanda foi ajudar durante um ataque da Ruína de Midgard; após o caos na cidade de Prontera, a então sacerdotisa desandou a chorar com tudo que tinha visto.* "Como o tempo muda as pessoas..."

Ela vai até o Taverneiro.

- Sire, pena e tinta, por favor.

- Claro monja...vai escrever um bilhete?

- Mais ou menos.

Ela se volta para o bilhete de Aióros.
Ela pega a pena, a molha em tinta e rabisca por cima do nome de Aióros.

Carta afixada no mural da taverna de Prontera.

(...)

Ass: ###### ####### ## ##### ## #### ########

LIBERDADE SEMPRE, GENERAL!PARA TODOS!


Ela devolve a tinta e a pena para o Estalajadeiro.

- Obrigada...

- Ei... o que você fez?

- Nada. Tenha um bom dia, senhor. Até mais.

"Isso tudo é loucura..." pensou a monja enquanto saía da taverna.
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Cidade de Comodo, 18h

Querido Diário,

Vencemos. Como eu pensava, vencemos.

Dhutt foi derrotado, Tristann se mantém no poder, para o bem e para o mal de toda Rune e a Ordem da Nova Prontera agora é apenas uma lembrança de uma época infeliz, onde vi grandes amigos se transformarem em animais irracionais.

Pensei de mandar um bilhete ofensivo e deixá-lo na taverna, onde certamente muita gente o leria, mas achei por bem, não.

Não iria adiantar. Eles, a exemplo de minha mãe, não compreenderiam e certamente levariam isso como provocação.

Me resigno a deixar isso apenas com você e só você. É melhor assim, para mim e para todos eles.

Pêdê compartilhou minha dor na hora fatídica onde todos se lançaram na arena contra Dhutt e a Ordem, fazendo com que o mais rude dos animais sentisse vergonha dos tais "seres humanos".

Agora, com tudo acabado, eles voltarão ao normal, como eu assim espero...

Minha única angústia, diário, é saber que a nefasta Corporação Rekember, a mesma que auxilia o torpe Kiel Hyre, a mesma que tornou Einbroch uma cidade suja a despeito da nobreza dos cidadão que ali vivem, a mesma que teve a audácia em dividir o mundo republicano em Ricos, miseravéis e os eternos trabalhadores quase-escravos, e que não moveu uma palha para nos ajudar durante toda essa crise, ganhou de brinde dois espécimes preciosos para o seu novo laboratório de Somatologia.

General Dhutt foi enviado para ser tratada pela Corporação Rekember. Era preferível a morte a ser entregue à aqueles loucos.

E o mais grave, Luthien Silvermoon, uma guardiã de Midgard, foi deixada num Hospital para se tratar dos vapores tóxicos da mina de Einbech. Imagino que os doutores de lá se divertiram tirando amostras de sangue, fios de cabelo e até mesmo da pele de um espécime tão raro.

O que a Rekember vai fazer tendo em mãos Dhutt, e de certa forma, Luthien?

Os fantasmas que rondam pelas ruínas do antigo laboratório inspiram horror em muita gente e em mais gente, que como eu, fica pensando, às vezes, pelo que eles teriam passado para que suas almas assombrassem aquele lugar...

Não acabou. Ainda pagaremos por isso...

Presentes



Desde que me mudei para a casa de Pêdê, ele tem me dado presentes de vez em quando. Ele comenta que gosta de minha companhia e às vezes faz algumas perguntas que...*Pausa*
Sim, eu acredito que ele esteja interessado em mim.
Ele me perguntou se eu me imaginava em um vestido de noiva, me deu de presente um anel de diamantes, e mais recentemente uma tiara.
Constituir família...Eu não sei. Um lado meu está interessado. Já passei por muita coisa, a vida de aventureira é interessante, mas não é tudo para mim.
Além disso, já passei por tantos amores...casar agora...
*Pausa*
Preciso pensar melhor sobre isso. Antes, vou dar um presente para o Piotr, ele merece também.
Mas o que seria interessante para ele...?