Dammerung - III - Luta em Geffen





Ápós o combate contra Hela, uma comitiva foi para Niffelheim, onde após uma reunião com a senhora dos mortos, foi recrutada a paladina Jô Murgand, para fazer frente ao poder da semideusa.
Enquanto a comitiva ia para Niffelheim, ficamos em Geffen para enfrentar Dhutt com a ajuda de Luthien.
Foi uma batalha desigual. Orcs, muitos orcs, orcs por todos os lados da cidade. Na torre, nas ruas, na praça central...
Foi duro.
Tombei não sei quantas vezes. Levantei-me em todas elas. Defender a cidade que um dia foi casa de Tales me dava forças para continuar.
Dois momentos ainda estão frescos na minha memória: quando tombamos perto do portão oeste e Luthien, sozinha, foi implacavelmente atacada pelos orcs e quando Iga Drasil, jovem templária da Chama Prateada caiu e fomos em seguida cercados.
Mas, mesmo com tudo contra, lutamos e vencemos.
Lady Jô enfrentou pessoalmente Hela, embora não tenha vencido a semideusa, a enfraqueceu o suficiente para que Luthien, transfigurada como Mestra, a vencesse usando um Punho Asura sem igual.
Sem o poder de Hela, Hyrimm, que se engalfinhava contra Leafar, perdeu completamente seus poderes, sendo executado sumariamente pelo lorde. Coube a Bonnie Heart recolher os espólios do mestre-ferreiro, entre eles, os itens divinos roubados.
Quanto a Dhutt, o mesmo fugiu, deixando seus orcs condenados a perecer. Sem seus aliados penso eu que ele não será mais um ameaça tão perigosa quanto outrora.
É tempo de mais uma vez, recomeçarmos.
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Engraçado foi a atuação da odalisca Lost Heart. Audaciosa, destemida, impertinente até, fazia seus escândalos no meio da batalha enquanto os orcs tentavam com suas armas arrancar a pouca roupa que ela usava.
Foi engraçado ver dezenas de orcs atordoados pela voz da dançarina.
Pensando bem, até mesmo uma batalha de grande proporções tem lá sua deixa para a comédia.
Depois da batalha, chamei Lost de canto e a levei até um local mais reservado.
Eu sei que sorri, e comentei com ela que ela esteve ótima na luta.
E então nosso lábios se tocaram.
Eu acho que, no geral, embora tenha sido uma briga feia, valeu a pena termos lutado.
Será que Dhutt depois de tudo isso, ainda voltará?
Não sei...Mas se ele voltar, tenho certeza que Lost e todos nós, nós colocaremos de novo contra ele.
Sem temer nada, pois nosso destino é lutar pela nossa felicidade e de quem nos é caro.
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Plantei mais uma flor no meu jardim.

Dammerung - III - Batalha contra Hela




Cidade de Payon, 9h 30min


Quando Rachiele acordou no dia seguinte, não tinha lembranças do dia anterior, da batalha contra Hela, e do ataque dos Orcs em Kunlun. Escutou uma voz de menina, virou a cabeça na direção do som e viu uma jovem, com um balde na mão gritando.

- Papai, ela acordou! Sobe! Sobe logo!

Rachiele chacoalhou a cabeça. Onde estaria? Um homem de meia-idade entrou no quarto, pegou nas mãos da monja e sorriu.

- Ainda bem que acordou! Rachiele, você se lembra de mim?

A monja olhou para o homem. O rosto era familiar, mas algo estava vago.

- Eu não lembro, me perdoe... - disse ela - Lembro de você, mas não sei de onde...

- Eu sou Guilherme. Conheci você quando era aprendiz em Alberta, se lembra? Deixei minha vida de cavaleiro e moro aqui em Payon agora, me casei e a moça ali é Dália, minha filha. - ele sorriu ao olhar para a jovem - Encontrei você no centro de Payon, ferida, o que aconteceu?

- Ahh... - Rachiele se esforçou para se lembrar.

Estavam em Kunlun, tinham escoltado o Conde Arthur até a casa, onde ele estudava com a providencial ajuda da arqueóloga Liliana Jones, a coroa do último rei de Geffenia.

Foram atacados pelo mestre-ferreiro Hyrimm, e pela Juíza Hela, que infestaram a cidade de orcs de todos os tipos. Vencidos os orcs com a ajuda de Luthien, desafiaram Hela para um duelo.

Foi daí que vieram a maioria dos ferimentos de Rachiele.

Vencidos por Hela, os heróis reagruparam em Kunlun. Entretanto o dinheiro de Rachiele estava no fim e ela voltou de Alberta para Payon, o local mais próximo.

- Eu não me lembro de mais nada depois disso... - a monja comentou.

- Eu sei que você chegou na cidade quando a mesma começava a esvaziar, você tentou falar com a Kafra, mas tombou e caiu. Como eu estava perto, te ajudei. Você não deveria sair de lutas assim sem se curar minimamente, Rachiele...

- É...Desculpe se eu dei trabalho, Guilherme...Você me ajuda desde que eu era aprendiz...

- Mas nada! Tenho certeza que você também deve fazer coisas pelos outros, então está tudo certo. Sabe Rachiele, eu fui pra guerra, tive, junto com meu clã diversas glórias e recompensas, mas chega uma hora que temos que parar, não é? Daí é nessas horas que as coisas que deixamos pro mundo voltam para a gente.

- Hã?

- O mundo te devolve aqui que você ofereceu a ele. - o homem sorriu.

- É...é verdade isso. - Rachiele sorriu de volta.

- Eu vou pegar algo lá embaixo para você comer. Quando estiver melhor, pode partir. Até mais Rachi.

- Até.

A sorte ainda não tinha abandonado a monja.

Bilhetes



Cara Irmã,


Ainda não acostumei-me com seu vocabulário, me parece estranho em
religiosos, mas deve dizer que foi um prazer imenso conhece-la. Que Heindall nos proteja.


Frei Damião, Ordem dos Filhos de Heindall, Clã Wanted.






O bilhete, escrito com bela caligrafia, era de um monge.

Seu nome era Damião, membro da Ordem dos Filhos de Heindall, um grupo de monges reclusos que tinham como patrono o guardião da ponte Bifrost de Asgard.

Nos encontramos no primeiro dia do Dammerung, conversamos no porto de Alberta e ele me pareceu um bom rapaz.

Ainda treina em meio aos anciões de sua ordem, por isso lhe falta algum convívio com outras pessoas. Ele acha o jeito que eu falo estranho.

Quando cheguei em casa, pensando bem, o bilhete estava em cima da mesa, mas não o percebi e só o li hoje.

Farei uma boa resposta para Damião e enviarei ele. Faz tempo que não escrevo cartas.

Dammerung - III




Desta vez, eu estive lá.
Nos reunimos em Alberta para ajudar o Conde Arthur a levar suas coisas para sua casa em Kunlun.
Conheci o Frei Damião, um monge da Ordem de Heimdall e conversamos sobre isso, das nossas ordens e tal.
Me lembrei, meio que tristemente, que a Ordem ( ou melhor, Dojo ) ao qual faço parte é um dos chamados Dojos mortos perante o mosteiro de Santa Capitolina.
O que será que aconteceu com minha mestra, Haranny? Será que ela morreu mesmo, como Taomon e outros monges suspeitam?
Às vezes, o passado volta e nos deixa em dúvida sobre certas coisas que aconteceram.
Quanto a missão, nada demais aconteceu. Escoltamos o conde até Kunlun. Fomos atacados pelos orcs comandados por Dhutt, mas eles foram facilmente vencidos.
Voltei para casa ao fim da noite. Quando comentei o caso para mamãe, ela disse que isso estava esquisito.
E pensando bem, está mesmo.
Vamos ver como vai ser hoje...

A Lista

- Diamante de 2 Quilates, 10 unidades.

- Rosa Eterna, 2 unidades.

- Tintura branca, 1 unidade.

- 50.000 Zenny para a artesã.

Bem, a Rosa eterna, tintura e o dinheiro, eu tinha.
O complicado eram os diamantes. Uma ferreira achou perto da mina de carvão um veio de diamantes. Para minha sorte ( ou azar ) lá só tinha diamantes de 3 quilates. Os maiores já encontrados.
Eu teria que caçar os diamantes para fazer a Rosa Mística... Mas que droga!

Rosa Mística


Me encontrei com Lost Heart. Foi engraçado que ela pensava que iria pedir de outras coisas para ela...Bem, ela me falou sobre a rosa mística e disse que algumas artesãs de Lightalzen ( puxa, quem diria? ) que sabem fazer esse adereço.
Perguntei da rosa que ela levava na cabeça. Ela disse que era uma herança da mãe dela. Eu não poderia querer comprar exatamente aquela rosa.
Eu confesso que tinha uma idéia diferente de Lost, mas quando a encontrei, ( na minha presença talvez ) ela me parecia muito diferente daquele dia dos primeiros ataques do Dammerung.
Paguei um suco de amora para Lost e fomos embora.
Não sei...Mas eu saí com um sorriso no rosto.
Hehe...

Bilhetes da Taverna

Passei no mural da taverna em Prontera, e para minha surpresa Lost Heart respondeu meu bilhete.
Deixei uma resposta improvisada e voltei para casa em Morroc.
Irei passar em Al de Baran por esses dias para me encontrar com Lost. Espero que ela me venda a rosa branca que ela leva na cabeça ou me explique como fazer uma.
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Conheci Lost durante os primeiros ataques de Dhutt em Midgard.
Odalisca faceira, ficava zoando tudo e todos.
Eu, pessoalmente falando, não vi nada demais nela.
Entretanto, a vida me ensinou que as pessoas por vezes não são aquilo que aparentam ser.
Espero que o encontro com Lost seja tranquilo, bem, vamos ver.

Os Anéis de Odin - III


Foi, sem medo de errar a missão mais tensa da Equilibrium.
Não por dificuldade, perigos ou coisa que o valha.
Mas porque nós mesmos quase colocamos tudo a perder...
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Descobrimos que os anéis restantes seriam leiloados no salão de festas da Corporação Rekember, em Lightalzen, com a presença de muito milionário da República.
E era justamente esse um dos problemas.
Um dos nossos alidos, Sir Glenn Windsor, parente do cavaleiro que morreu nas experiências do Laboratório de Somatologia, odeia a Rekember e toda a alta-roda de Lightalzen.
Como a missão aconteceria dentro das paredes dos nosso antigos aliados, entramos disfarçados, se bem que no fim das contas, os disfarces nem seriam necessários.
Durante o intervalo do leião, onde um senhor grisalho, Ozzy Kromberg, estava arrematando todos os itens sem dificuldade alguma, Jack, nosso menestrel, fez uma brincadeira envolvendo o bruxo Vincent Kross e uma antiga aliada, a bruxa Carolzi.
O que não me entrou e não me entra até agora, é como Vincent pode ter se irritado com Jack, sendo que ele sempre fez esse tipo de brincadeira e nunca se importou.
Tivemos uma discussão, Vincent nos deixou, pensei até que ele abandonaria o grupo, mas graças a Erunno e Astarus, ele voltou para nos ajudar na última parte do leilão.
Desagradável foi ver Glenn não suportando mais estar ali no meio daquelas pessoas, estourar, sendo posteriormente amansado por uma droga que Pdrk injetou nele e só acordando tempos depois, quando tudo tinha terminado.
Vincent fingiu-se de vice-presidente da Rekember, e conseguiu ( ou pelo menos pareceu ) enganar o senhor Kromberg.
" Ganhe essa rodada. Se vencer, na próxima compro os anéis e eles serão seus."
Conseguimos, com auxílio de todos, comprar um item do leilão. E quando os esperado anéis entraram na disputa, o senhor Kromberg quebrou a banca, fazendo um lance inicial de 120 milhões de Zenny; quantia que nem mesmo os milionários ali presentes poderiam cobrir.
Bem, o que eu sei é que levamos os anéis, e eu mesma fiquei muito feliz por Vincent, uma vez mais, ter nos salvado a pele com sua perspicácia.
Sei que depois, quando estávamos na Mansão de Metz, chamei ele de canto e tentei roubar dele um beijo; ele, tímido, cobriu o rosto com as mãos. Eu sorri e o deixei ali, voltando para a sala.
Ainda vou pensar em fazer alguma coisa para compensar Vincent por tudo que fez por nós.
Ele merece.

Steffania Diermot



Elfa de cabelos ruivos, Steffania é uma arruaceira muito habilidosa com o arco e com outros métodos mais sutis de subterfúgio.
Alegre, por algumas vezes desbocada, a elfa coleciona fatos inusitados em sua vida, sem pudor algum.
Se envolveu desde que era mais jovem, com homens e mulheres, nunca se abatendo quando os deixava ou era deixada.
Rachiele encontrou na arruaceira um lado sensível, que a tocou profundamente, fazendo-a se apaixonar pela mulher.
Atualmente Steffania voltou para o reino de Muspellheim, além de Niffelheim, onde vivem seus pais.

Missões e Perdas



Depois do encontro com o conde, Jelanda levou a mim e Pdrk, meu amigo mercenário, para conversarmos.
Comentou sobre os últimos anéis de Odin, que foram encontrados por Tordynk.
Os mesmos seriam colocados em leilão em Lightalzen, pela nefasta Corporação Rekember.
Não teríamos muito tempo para recuperar os anéis. Pensamos em roubá-los, mas o problema é que justamente estávamos falando da Rekember; talvez a organização mais perigosa de Rune.
Sugeri que fizéssemos um grupo, contando com a ajuda de Pdrk, Warmaster, Raksha, um arruaceiro e com uma antiga conhecida minha, Steffania Diermot.
Jelanda comentou que talvez não pudéssemos contar com Raksha; o malandro, por vezes, ficava mais atarefado com seus "negócios" e se esquecia da guilda.
O que quebrou minhas pernas foi saber que Steffania voltou pra Muspelheim, onde estão seus parentes.
Eu perdi a cabeça. Saí do bar em Kunlun e bati com força numa árvore ali.
Bati na árvore até ela cair.
Xinguei, xinguei muito. Steffania poderia nos ajudar um bocado, dado que ela trabalhou para a Rekember por um tempo, mas as atrocidades que ela viu lá dentro fizeram até mesmo ela se afastar da Corporação, e por vezes, traí-los.
Além do mais, a seu modo, Steffania me foi um amor. E saber que ela agora estava distante, quase me equivalia a tê-la perdido irremediavelmente.
Respirei, voltei para dentro do bar e continuamos a conversar.
Steffania era livre, e eu não podia querer aprisioná-la a mim.

Na casa do Conde



Leafar da Ordem do Dragão nos chamou para irmos até Kunlun. Segundo ele, Arthur, anteriormente regente de Rune, durante o evento conhecido como Dammerung, precisava conversar algo conosco.
Fomos até o local, com um pequeno grupo. Jelanda foi conosco, dada a amizade com o Dragão dourado.
Fomos instalados na casa do Chefe, onde o conde estava hospedado.
Após uma breve conversa, o conde Arthur pediu que protegessemos Kunlun, pois ele mesmo temia que o próximo ataque de Dhutt e do mestre-ferreiro Hyrimm poderia acometer a cidade celestial.
Ademais, junto do conde estava a arqueóloga Liliana Jones, o que justificava o pedido do conde.
Diante de uma guerra, sempre tentamos resguardar quem nos é caro.

Bilhete para Lost Heart




*Bilhete pregado no mural da Taverna de Prontera endereçado para Lost Heart, dançarina do clã Gullwings.*

Prezada Lost,

Necessito, com a maior brevidade possível encontrar-me com você para tratar assunto de meu interesse. Caso me ajude, será bem gratificada.
Favor deixar resposta a esse bilhete aqui no mural com horário proposto para o encontro.
Assim que puder, estarei retornando à taverna para verificar possíveis respostas.
Desde já, obrigada.


Rachiele Solarium Nathaly, monja, Arauto da Disciplina da Guilda Equilibrium.
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Porquê procurar Lost Heart? Bem, a idéia me ocorreu durante uma conversa com Miki Nohara, aprendiz da Equilibrium: Discorríamos sobre que item seria um bom presente para Jelanda, e me lembrei que Lost Heart usa em seus cabelos uma rosa branca muito bonita.
Só que dados meu parcos conhecimentos sobre esse tipo de adereço e os de Miki, achei melhor mandar um bilhete para Lost a procurando para saber sobre a referida rosa.
Agora, tudo que me resta é esperar uma resposta. E ir passando em Prontera para verificar o mural da Taverna.

Em casa

Fazia tempo que eu não dormia tão gostosamente.
Senti o sol entrando pela janela, atravessando a cortina e me convidando a levantar.
Mas deu uma preguiça!
Virei de lado na cama. Não queria pensar em nada. Só ficar ali, deitada, quieta, escutando o som do meu respirar.
Mas alguém entrou no quarto.
Foi pé ante pé, eu escutei. Sentou-se na cama, perto dos meus pés.
"Rachi?"
Era mamãe.
"Está dormindo?"
Porque será que sempre perguntam se estamos dormindo quando estamos acordados? Acho que esse deve ser um mistério da humanidade...
"Ah,é? Levante, sua preguiçosa!"
Senti cócegas. Muitas. Eu não aguentava que fizessem isso nos meus pés, eu literalmente perdia o chão, o ar, tudo.
Eu comecei a rir. Tive que levantar.
- Droga, sua odalisca biruta! Deixa eu dormir!
- Não. Está na hora de acordar. E além do que Rachi, você está mau-acostumada!
- Eu??
- Sim.
- Aff...Porquê?
- Você esqueceu do seu jardim lá nos fundos, sabia?
Arregalei os olhos. Era verdade, eu tinha esquecido mesmo.
Saltei da cama, desci o lance de escadas apressada; meu bom Odin, eu esqueci do meu jardim!
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Quando eu morava com Hanna em Kunlun, eu tinha um jardim na frente da casa.
De forma semi-consciente, trouxe uma flor de cada tipo, simbolizando os amigos que tinha feito até aquele momento. Todos os dias eu regava o jardim, falava com as flores quando ficava sozinha e cuidava para que as mesmas não morressem.
O clima ameno de Kunlun, por ficar perto do céu me ajudava muito, e mesmo quando eu me ausentava de casa por muito tempo, tinha sorte de nunca achar nenhum flor do meu jardim precisando de água ou de terra.
Isso não acontecia agora em Morroc.
O solo, demasiado arenoso, não tinha terra fértil para manter as flores. Eu era obrigada a ir até perto de Payon ou Prontera para buscar terra para as flores, além de ter que regá-las muito mais vezes.
Além disso, o vento do deserto era muito hostil para com as plantas. Eu tive que deixá-las abrigadas num cômodo da casa para que o vento e a areia do deserto não as machucasse.
Quando entrei no cômodo, puxei a cortina para que o sol entrasse completamente e corri para procurar o regador.
Mas as flores estavam perfeitas, tão bem quanto se eu tivesse cuidado delas pelas últimas semanas.
Demorei a entender. Mamãe parou na porta e olhou para mim.
- De nada, Rachiele. - ela sorriu. - Puxa, você se preocupa mesmo com as flores, não é?
- Sim mãe...
Ri do meu sobresalto. Minha mãe riu também. Entramos e fomos tomar café.
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- Rachiele, o que você pretende fazer da sua vida, filha? - mamãe estava tirando a mesa. Eu fiquei sentada com as mãos atrás da cabeça e com a folha na boca.
- Não sei, mãe. Me peguei pensando isso alguns dias atrás...
- Humm...
- Isso de ser aventureira...Tem gente que já morreu por aí...casou, teve filhos...E eu aqui...
- Isso te preocupa, filha?
Silenciei.
- Eu...eu acho que sim.
- Eu pensei que você gostava dessa vida. Viajar é bom, você caça os monstros, está sempre conhecendo gente...
- Mãe, eu vou ser sincera, eu tenho medo de morrer.
Mamãe me olhou, parando de separar a louça. Enxugou as mãos num pano, deixou o mesmo em cima da mesa e foi em minha direção.
Eu estava sentada, olhando o chão quando ela me abraçou.
Chorei.
- O que você tinha que me provar, já provou Rachiele...não chore...
- Desculpa, vou ser sincera, aqui eu posso...Eu sou um fardo pros outros. Eu não faço diferença.
- Rachi...
- O Kerd está coberto de razão! Não basta eu ter um coração bom, tem uma hora que isso não basta...E eu perto dos outros sou uma fraca!
Ela nada disse, ficou acarinhando minha cabeça.
- A Hanna morreu na minha frente, Tales foi embora sei lá pra onde porque eu não pude proteger ele, e a Haranny? Coitada, ela me aceitou como pupila antes de sumir, eu acho que ela ficaria chateada comigo...
- Rachiele, calada!
Me limitei a ficar chorando baixinho.
- Filha...Você é uma pessoa maravilhosa...as pessoas sentem isso em você. Por isso elas confiam em você. Você me falou ontem na janta da Isobela, acha que ela ficaria contigo se não confiasse em você?
Eu nada disse. O choro impedia minha voz de sair por completo.
- Isso da Hanna...você disse que viviam juntas felizes...acho que isso valeu pra ela. Você falou que ela era uma mulher sofrida demais, eu acredito que você deu alguma paz para ela. E como você mesma diz, se a Valquiria achar que ela merece, ela vai voltar. Você falou pra nós da promessa que vocês fizeram em Juno, não é? Será que esqueceu disso? Rachiele, olhe pra mim!
Olhei. Eu não tinha esquecido da promessa que fiz.
---------
"Hanna, porque você não refaz sua vida? Tente pelo menos..."
"Eu não quero Rach..."
"Diabos, você não pode ser tão burra assim! Pense no Hector! Ele ficaria feliz se visse que você descobriu quem matou ele, porquê mataram e que tu refez tua vida! Eu ficaria feliz com isso, imensamente feliz!"
"..."
"Sei lá, casa de novo, tenha filhos, cuide deles, quando tu for pro Valhalla encontrar o Hector, vai poder dizer pra ele: "Amor, eu consegui refazer tudo, podemos ficar juntos agora!" Você não pensa nisso?"
"...Ah,Rach..."
"Vamos tentar! Não temos nada a perder!"
"..."
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Hanna gostava de minha sinceridade. Eu entendi seu silêncio com um "sim" cheio de medo. Daquele dia em diante, nunca mais falei de Hector perto dela. Éramos adultas, sabíamos o que teríamos que fazer.
E por isso, nunca fizemos nada.
- O que você quer da sua vida, Rachiele?
- E-eu não sei, mãe...
- Então filha... - ela passou a mão em meu rosto - Pense nisso. O que é mais importante para você?
- ...Ajudar os outros sem esperar nada em troca.
- Isso é bom. - ela sorriu. - E você quer o quê para você, Rachi?
- Aah... - me perdi em pensamentos por longos instantes enquanto minha mãe acariciava meu rosto. - Ter amigos...
- Uhum...isso você tem, não?
- Tenho...tenho sim...
- O que mais você quer? Dinheiro? Poder? Ser dona de algum castelo?
- Não, não, isso não.
- Filha...
- Huh?
- Você tem feito muitas coisas para os outros...Feito e faz ainda...Sua recompensa virá, sabe disso?
- Ah, nem precisa isso...
- Virá. Você querendo ou não. Se é que já não veio. - ela sorriu. - Vamos, me ajude a arrumar a cozinha.
- Cadê o papai?
- Foi para Prontera cedo, antes do sol nascer. Foi comprar algumas coisas no mercado e olhar os murais.
- Ah, tá.
Me levantei e fui ajudar mamãe. Fiquei pensando sobre o que eu realmente queria para mim.
Era uma reflexão necessária.

Sobre a Ordem do Dragão


Tendo como líder o famoso lorde Leafar Belmont, a Ordem do Dragão é uma força de paz aliada ao Rei Tristann III e a nobreza de Rune.
Por entre as fileiras da Ordem do Dragão, passaram muitos aventureiros, e seus membros fundadores ainda ativos são a inspiração para muitos novos aventureiros que desejam proteger as pessoas e manter a paz, cada vez mais ameaçada de Rune e de todo o mundo.
A Ordem do Dragão tem como dragão protetor Oparg, que é visitado ocasionalmente pelo clã dentro do perigoso Calabouço de Magma, nos arredores de Juno.
Sempre que alguma coisa mais séria acontece em Rune, Leafar e os Dragões sempre se colocam prontos a ajudar a todos, como no recente caso do Dammerung.

Sobre a Milícia de Morroc


Liderada pelo imenso lorde de Amatsu chamado Akahai Shora, a Mílicia de Morroc é um grupo mantido pelo atual governador da cidade.
A razão da existência da Mílicia é explicada pela existência de outro grande grupo de forte influência dentro da cidade: O Culto a Morroc.
Até onde se sabe, o Culto pretende trazer o deus-monstro Morroc de volta, e vem utilizando de meios escusos para libertar o gigante. A missão da Mílicia é ( ou pelo menos era ) descobrir o que se passa e impedir os cultistas, custe o que custar.
Caso Morroc seja realmente liberto, uma calamidade poderá acometer não só Morroc, mas toda Rune-midgard.
Pessoalmente, considerando os últimos acontecimentos, devo crer que os cultistas estão vencendo.

Sobre o Blog

Como vocês devem ter percebido, esse blog trata de eventos mostrados no jogo Ragnarok Online, no servidor Odin do bRO. Jogamos fazendo rpg com nossos personagens, gerando assim as situações mostradas nas postagens.
RPG?
Sim, jogamos interpretando nossos personagens. Agindo como eles agiriam e como se o mundo do jogo fosse real. Dentro do jogo, algumas pessoas criam grandes grupos ( denominados clãs ) e fazem o mesmo, criando assim histórias dos personagens que se interligam a outros personagens e eventos.
Para o pessoal que joga RPG conosco e lê as postagens, um recado: toda informação contida aqui e em outros blogs de personagens só deverá ser repassada com o consentimento do autor e do interessado. Nada de ler as coisas aqui no blog e depois, dentro do jogo, chegar no personagem e falar que sabe disso, disso e aquilo outro porque leu no blog e sem nem dar satisfação pro dono do personagem é dose.
Aos que estão lendo o blog ( esse ou algum dos citados nos links ) fique a vontade para deixar comentários e sugestões, respeitando sempre as regras de cada um dos autores.
E falando em regras...
Regras para comentários nesse Blog
- Toda postagem é bem-vinda. Assuntos fora do contexto são permitidos dentro dos comentários, mas darei preferência a comentários sobre as postagens, os personagens, quando tem RP com o clã tal, etc.
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Sobre os Marcadores
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Sobre o Autor
Mantenho um outro blog, denominado Aluno da Vida onde faço postagens sobre assuntos diversos e que possui links para variados sites e blogs.

Em Morroc



Tem alguma coisa errada comigo. Não sei dizer o quê, mas tem.
Começou mais ou menos depois da minha ultima missão com a Equilibrium, e do passeio atrás dos cabelos para a alquimista.
Não é bem "algo errado", é uma impressão, um pressentimento, não sei.
Quando voltei para casa em Morroc, papai e mamãe estavam na sala, conversando. Ambos olharam para mim num primeiro momento com alguma estranheza no olhar. Mas foi algo rápido.
"Oi. Aconteceu alguma coisa?" eu perguntei.
Me falaram que não.
Bem, tirei o dia para ajudar em casa. Tudo transcorreu dentro da normalidade. No fim do dia, fui com papai para o sul da fortaleza Santoleman. Ficamos olhando o mar por algum tempo e jogando conversa fora, descansando antes de voltar para casa.
Ele me perguntou do clã.
Falei que estava tudo bem, eu ainda espero me enturmar mais com o pessoal da Equilibrium. Se Jelanda juntou aquele pessoal era porque confia neles. Então, se o tato da nossa amiga suma estiver correto, eles devem ser ótimos amigos. Falei de Isobela e meu pai riu ao saber que eu estava treinando novatos mais uma vez.
( Por sinal, que eu faça disso uma meta. Conhecer melhor o pessoal do clã. )
Acho que a fase ruim de transição da Legião para o clã da Jelanda foi superada, não tenho mais porque ficar com receio de me envolver com eles.
Ainda mais com Jelanda, dado que ela me perdoou do que eu tinha feito.
" Pai, quero dar um presente para a Jelanda." eu disse.
" Porque filha?"
" Porque ela fez algo extraordinário na última missão. Ela venceu um medo, pai."
" E porque exatamente você tem que dar um presente para ela, Rachi?"
Eu fiquei em silêncio. Não pensei muito no que dizer.
" Eu gosto dela."
" Humm..."
Meu pai pareceu pensativo. Ele pegou uma pedrinha e jogou para o mar, onde a mesma sumiu.
" Você disse que ela é devota de Freya..."
" É sim. Ela é suma-sacerdotisa de Freya."
" Freya...dê uma rosa. Acho que ela vai gostar."
" É...!"
Fiquei feliz pela idéia de papai. Bem, existem rosas e rosas pelo mundo, escolher uma em particular para Jelanda seria uma tarefa divertida. Agradeci a ele pela idéia.
" Vamos pra casa. Está quase na hora de comer."
Concordei, deixamos a fortaleza com a lua aparecendo, grande, brilhante e meio mágica no céu.
Senti um pouco de frio, mas passou logo.
Obrigada papai.

Os Anéis de Odin - II


Missão espinhosa essa, por diversos motivos.
Um mercenário roubou, ou pelo menos é o que parece, dois anéis de uma vez. Um deles reduz o tamanho de uma pessoa, o outro amplia. Tivemos que procurar na cidade maldita de Glast Heim, local o qual Jelanda não guarda boas lembranças e ouso afirmar, ainda exerce certo medo em cima dela.
Também foi uma missão problemática para Jack O'sem, nosso menestrel elfo. A guerra entre Glast Heim e Geffenia ainda permeia a mente de muitos elfos, por mais que eles se esforçem para esquecer o triste episódio.
E foi um problema também para Vincent Kross, noss Arauto de Heimdall. Por alguma razão que me escapa, Vince está com medo, ou melhor, um pavor de água que eu não entendo.
E passarmos pelos Esgotos de Glast Heim, definitivamente, limou a capacidade de nosso bom bruxo.
Encontramos o elfo, cheio de raiva e rancor numa sala nos Esgotos. Lutamos, e ele, mesmo usado o anel que ampliava o tamanho, foi vencido e morto.
Seguindo uma decisão nossa, enterramos o elfo em Prontera. Eu acredito que ele não era realmente mau, apenas estava cego pela dor que sentia por ter perdido todos que o cercavam.
Foi uma missão complicada, mas vencemos.
Pessoalmente, foi uma vitória particular para Jelanda. Eu achava que ela não conseguiria acompanhar o grupo, mas ela conseguiu. Fico feliz por ela. Irei fazer um agrado a ela assim que eu puder.
Quanto a Jack, ele ficou bem melhor depois de fazer um curativo na perna e tomar um banho.
Ajudar Vincent será mais complicado, mas vou tentar também.
E puxa, achei que ia tomar banho pra sempre e o cheiro do Esgoto não sairia de mim!
Ah, essa vida de aventureira...

Os Anéis de Odin - I


Essa é nossa missão atual. Recuperar os anéis que perteceram a Odin. Cada um deles possui propriedades mágicas próprias, o primeiro que fomos caçar foi o anel do panteão dracônico.
Passamos por Payon, Lightalzen, dentro da odiosa Corporação Rekember, e fomos até Niffelheim, onde encontramos meu amor, a templária Hanna Griphindel.
Ela nos revelou que recuperou o anel do panteão dracônico e o tinha jogado num fosso na mina de carvão, perto de Geffen.
Rumamos para lá, e após alguns entretantos, onde inclusive pensamos que Azlah, uma velha amiga que tinha voltado, tivesse morrido, recuperamos o anel.
Quando chegamos em Niff foi especialmente agradável para mim rever Hanna. Embora ela esteja num estado lastimável, ela estava a tocar o piano no Castelo da Bruxa maravilhosamente bem.
Eu ainda acredito que ela voltará. Renascida. Após purgar seus pecados e erros.
Prometo para mim mesma que estarei lá. Esperando.
Obrigada por nos ajudar de novo, Hanna.

Tengamalthar

Esse é o nome de um robô de segunda geração, que, da época da Legião de Tharos, deixamos livre e leve por aí.
Com ajuda de inimigos de Metz, o robô manteve Kunlun, meu belo ex-lar, sitiado.
Pior de tudo foi termos chegado em Kunlun, para a batalha derradeira contra essa sombra da Legião, e tudo estar magicamente disfarçado com uma ilusão.
Tudo ou quase tudo em Kunlun estava em ruínas, com robôs atiradores semelhantes aos da torre de Juperos por ali.
Vencido Tengamalthar, voltamos para Prontera. Cansados e feridos, mas vitoriosos.
De minha parte, meu antigo lar estava a salvo de novo.
E isso me deixava feliz.

180 minutos


Foi a segunda missão a qual participei. Tensa, seguimos a pista de um assassino serial que matava mulheres. Passamos por Al de Baran, Morroc e a perseguição culminou com uma batalha naval, onde nós, após afundarmos o barco do bandido, o pegamos.
Eu fiquei preocupada nessa missão, mas pouco a pouco ganhei alguma confiança nos membros da Equilibrium, não só em Jelanda.

Angstar, a máscara de Loki


Foi a primeira missão da Equilibrium. Nos reunimos em Prontera e fomos até a distante vila de Umbala. Ao falarmos com o chefe, nos foi indicado um local onde encontraríamos a máscara de Loki.
Dentro da sala onde a mesma estava guardada, muitos de nós foram interpelados pela máscara, que acabou sendo vencida pela inteligência de Vincent Kross, nosso bruxo de plantão.
Essa foi a primeira missão oficial da Equilibrium, após o fim da Legião de Tharos e nosso posterior recrutamento por Jelanda e Metz Brayle.
Eu, sinceramente, não estava ( e ainda não estou ) lá muito a vontade com essa nova vida de aventureira. Mas Jelanda é minha amiga. E principalmente por Hanna ter ajudado a salvá-la, eu me sinto no débito de ajudá-la no que ela me pedir.

Missões da Equilibrium


Houveram muitas situações onde fomos em missão para o senhor Metz.
Ontem mesmo, passamos por mais uma, de recuperar dois anéis de Odin, mas falarei dela mais tarde.
Em essência, as missões da Equilibrium consistem em recolher pistas, procurar pessoas e recuperar artefatos.
Parece algo simples, mas quando você está de dentro do furacão as coisas não são bem assim.

Missão Cumprida


Eu consegui!
Peguei todos os cabelos necessários, e de brinde, ajudei a mãe do líder de Amatsu.
Descobri, numa conversa em Alberta que as gueixa-demônio de lá tinham aqueles tais cabelos perfumados...Fico pensando como o pessoal do salão de cabelereiro pode ter esse tato de só pedir cabelo de gente morta ou de demônios, mas deixa pra lá.
O labirinto de tatames é algo extraordinário. Paredes que não existem, outras que existem onde está tudo vazio. Seria muito fácil ficar perdido lá dentro.
Segundo o senhor Yoshinaga, além do labirinto existe uma caverna e um templo subterrâneo, voltado a cultos dos antigos que habitavam Amatsu. Além disso, hordas de monstros bizarras, mas bem, eu não fui muito longe para isso não. Fica para uma outra oportunidade.
Guardei o passe imperial que Yoshinaga me deu. Fica de lembrança dessa aventura.
Ah, sim! Nem precisei escalpelar a pobre Sohee, um templário da Equilibrium me ajudou nesse quesito...
Enquanto eu procurava, Jelanda falou comigo pelo comunicador, me avisou da missão amanhã e que um tal de Huxley não sei das quantas vai com a gente.
E que vamos até Glast Heim, por causa disso, ela está amarelando de ir.
Mas olha, eu acho que estou ficando muito mole nessas coisas...Caracas, a Jelanda renasceu, morreu pra viver de novo e fica nessas nóias de ter medinho de GH?
De boa, que vergonha!
Mas bem, perguntei se a Ayanami poderia ir, Jelanda disse que sim. Embora eu não tenha certeza, se a Rei for, vai ser legal. Ela é forte e GH vai ser fichinha pra ela.
Agora, chega disso, vou dormir. Isobela está aqui e dorme como um anjinho. Ao que parece, a estalajadeira tem cuidado bem dela.
Com um pouco de sorte, talvez ela vá na missão amanhã conosco.
Bem, boa noite.

A Lista

Peguei um pedaço de papel e escrevi, a lápis mesmo, os cabelos que eu precisaria conseguir.

- 100 Cabelos Dourados
- 100 Tranças Curtas
- 100 Tranças
- 100 Cabelos Morenos
- 100 Cabelos Perfumados

Cabelos dourados eram conseguidos de um fantasma que habita as ruínas de Geffenia, chamada de Marionete. Comecei por esses. Graças a ajuda de um sumo-sacerdote exorcista, consegui 120 unidades! Como é bom ver gente abnegada nesse mundo. Fico um pouco com pena das Marionetes. Que desagradável ficar aprisionada num lugar escuro, só com companhia de outros demônios e mortos-vivos...

Tranças e Tranças curtas são tiradas dos mortos-vivos de Payon, Munak e Bongun. Como já conheço aquela caverna bem, não creio que terei dificuldades.

Cabelos Morenos são conseguidos da Sohee, também de Payon. Fico chateada de fazer isso com ela, ela não é agressiva como as Marionetes, Munak ou seu namorado. Mas bem, é algo que eu preciso fazer, não?

Cabelos Perfumados...Esses eu não sei onde conseguir, mas posso dar uma procurada.
Enfim, mãos à obra!

Vaidade e Aparência

Confesso que nunca fui vaidosa ou me preocupei lá muito com minha aparência. Ao contrário de Ayanami, que se esforça para ser um musa aos olhos de qualquer um, eu mesma não ligo muito pro estado do meu cabelo ou do chapéu que eu uso.
Hoje conheci uma alquimista, aliada da Equilibrium, recrutada por Jelanda. Conversamos em Geffen, e a mesma me convidou a acompanhá-la para o cabelereiro em Lightalzen.
Só que...Puxa! Precisa muita coisa para cortar o cabelo como você deseja. É preciso cabelo natural, tinturas, dinheiro, um horror!
Felizmente, me disse ela que bastava conversar, de cantinho com a assistente do cabeleiro, e ela faria um corte, cobrando apenas o dinheiro, e foi o que a alquimista fez.
Fiquei esperando, sentada num sofá, lendo, ou melhor, vendo uma dessas revistas de figuras grandes e quase nenhum texto. Pensei comigo mesmo como as pessoas podem comprar revistas assim, que são na verdade albuns de fotos impressos, mas deixei esse pensamento de lado enquanto folheava as páginas.
Finalmente o corte ficou pronto. A assistente optou por um corte curto e tingiu de cor verde o cabelo, outrora levemente grisalho da alquimista.
Ela me perguntou o que eu achei do corte. Bem, eu gosto de cabelos coloridos. Tales, Hanna e Ayanami tem cabelos azuis, que eu acho muito charmosos, mas verde também me tem em boa conta.
Eu disse a ela que gostei, mas isso era a meu ver, irrelevante. Perguntei a ela o que ELA achou, e foi aí que as coisas não prestaram.
Ela tinha se olhado no espelho antes de sair da sala onde foi feito o corte. Acho que ela achou melhor perguntar para outra pessoa ( no caso, eu. ) para receber aprovação ou não do corte.
A verdade é que ela não gostou. Se achou feia, disse que estava parecendo um menino.
Saiu do salão chorando, magoada. Eu fui atrás. Ela tinha parado perto da escada, chorando baixinho.
Perguntei o que precisava para um corte personalizado. Ela me disse que não tinha como conseguir as coisas. Que não tinha mais dinheiro. Disse a ela que eu arrumaria os cabelos, ela, tocada pelo minha ajuda, concordou, mas para não deixar tudo nas minhas costas, concordou em levantar o resto das coisas, ou seja, as tinturas e o dinheiro.
Eu espero conseguir os cabelos logo, fora que será um bom treino para mim.